Não sei explicar por que gosto da pintora norte-americana, mas gosto!
Pondera, Pandora, como se isto fosse um diário
Pondera, Pandora, como se trabalhasse para rever-se, inteira, neste diário
Um ou dois aforismos
Não sei explicar o motivo, mas sempre ouvi com um misto de curiosidade e desconfiança as pessoas que gostam de dar opinão introduzida mais ou menos assim: "como diz o poeta" ou "e como disse o outro". Apesar disso, coleciono alguns aforismos, cujos autores eu prefiro indicar a deixar no ar.
Teixeira de Pascoaes, por exemplo, tinha uns fantásticos: "Amar é dar à luz o amor, personagem transcendente"; "Só os olhos das árvores vêem a esperança que passa"; "Existir não é pensar; é ser lembrado"; "A indiferença que cerca o homem demonstra a sua qualidade de estrangeiro"; "Vivemos como num estado de transmigração para a nossa fotografia".
Ele viveu em Amarante! Pena que não se respire o mesmo ar nos dias de hoje...
O aforismo dele de que eu mais gosto, no entanto, entre os que saíram publicados pela Assírio & Alvim, traz o seguinte:
"A seara não pertence a quem a semeia, pertence ao bicho que a rouba e come".
Sendo homem da terra, do chão, dos cheiros da natureza, muito embora culto, eu só posso concordar. Para um espírito muito suave - a não ser quando sente-se desafiado -, esse tipo de sabedoria condensada é sem dúvida ensinamento.
Um ou dois aforismos
Não sei explicar o motivo, mas sempre ouvi com um misto de curiosidade e desconfiança as pessoas que gostam de dar opinão introduzida mais ou menos assim: "como diz o poeta" ou "e como disse o outro". Apesar disso, coleciono alguns aforismos, cujos autores eu prefiro indicar a deixar no ar.
Teixeira de Pascoaes, por exemplo, tinha uns fantásticos: "Amar é dar à luz o amor, personagem transcendente"; "Só os olhos das árvores vêem a esperança que passa"; "Existir não é pensar; é ser lembrado"; "A indiferença que cerca o homem demonstra a sua qualidade de estrangeiro"; "Vivemos como num estado de transmigração para a nossa fotografia".
Ele viveu em Amarante! Pena que não se respire o mesmo ar nos dias de hoje...
O aforismo dele de que eu mais gosto, no entanto, entre os que saíram publicados pela Assírio & Alvim, traz o seguinte:
"A seara não pertence a quem a semeia, pertence ao bicho que a rouba e come".
Sendo homem da terra, do chão, dos cheiros da natureza, muito embora culto, eu só posso concordar. Para um espírito muito suave - a não ser quando sente-se desafiado -, esse tipo de sabedoria condensada é sem dúvida ensinamento.
domingo, 13 de novembro de 2011
Medicina, comportamento e cinema têm espaço no espaço público
"Conversas à noite sobre Cinema e Saúde | Auditório
da Biblioteca Almeida Garrett
Enquadramento
“Num guião cinematográfico, os personagens e os
cenários desenvolvem-se numa cadência sistematizada de eventos. Sobre um
documento narrativo, ou argumento, sucedem-se os acontecimentos, cenas, diálogos
e é com estes símbolos e sinais do cinema que o espectador, com a sua visão,
interpreta, descodifica e organiza, no seu quadro vivencial, o que percepciona
num filme. Também a Saúde, na sua dimensão individual, colectiva e cultural, ao
reflectir os efeitos biológicos e psicoafectivos das Civilizações, está
omnipresente nos roteiros cinematográficos. É justamente sobre essa simbologia e
linguagem da Saúde, muitas vezes hermética e iniciática, que somos desafiados a
expressar as nossas sensibilidades e perspectivas.
Assim se cruzam os
universos virtuais do cinema com a esfera cognitiva da saúde e da doença,
permitindo-nos reflectir libertariamente, expressando visões e confrontando
argumentos, sobre os mitos, ídolos e símbolos que promovemos, e sobre os cultos,
vícios e modas com que desenhamos as nossas paisagens afectivas.
Nestas
tertúlias, de cumplicidades nocturnas e de arrojadas confabulações quase
clandestinas, exploram-se estas ligações de complementaridade inesperada: é um
processo que nos permite a todos, aprender a visionar e a argumentar, com
ecletismo, abrangência e humanidade”.
(Guilherme Macedo, Comissário e
Moderador do ciclo)
Conceito
A iniciativa será composta por um
conjunto de conversas, tendo como pano de fundo uma selecção de filmes de
qualidade. As personalidades convidadas, com diferentes sensibilidades, são
desafiadas a partilharem, com o público, as suas visões e argumentos sobre a
temática de cada filme.
Assim, procurar-se-á abordar um conjunto de aspectos
comportamentais e as suas implicações ao nível da saúde. Longe de procurar
promover qualquer discurso moralista, pretende-se sim, contribuir para uma
informação esclarecida a partir da fruição de curtos excertos de um bem cultural
de grande divulgação.
Modelo
O ciclo será composto por 3 sessões
a realizar às segundas-feiras, durante o mês de Novembro de 2011, na cidade de
Porto, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett.
As sessões, a realizar à
noite a partir das 21h30, terão uma duração aproximada de 2 horas. Será uma
conversa entrecortada pela projecção de excertos dos filmes seleccionados. O
painel de personalidades participantes será constituído pelo autor da ideia e
moderador do debate, Professor Doutor Guilherme Macedo, e por dois convidados.
Cada sessão abordará temas específicos, sugeridos pelas películas, a
desenvolver pelos participantes, mas procurar-se-á criar um fio condutor para o
ciclo.
Programa do ciclo
Local – Biblioteca Almeida Garrett,
Porto
14 de Novembro (21h30)
Intervenientes: Manuela Melo, Roma
Torres e Guilherme Macedo (moderador)
Filme: De Olhos Bem Fechados (1999)
(Eyes Wide Shut)
21 de Novembro (21h30)
Intervenientes: Álvaro
Costa, Carlos Tê e Guilherme Macedo (moderador)
Filme: Easy Rider (1969)
28 de Novembro (21h30)
Intervenientes: Carlos Magno, Fernando Gomes
e Guilherme Macedo (moderador)
Filme: Maradona by Kusturica (2008)
A
iniciativa é da responsabilidade do Serviço de Gastrenterologia do Hospital de
São João em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. A
produção do ciclo é realizada pela Ideias Maiores.
Manuela Melo
Licenciada em Biologia e Jornalista.
Roma Torres
Médico,
Director do Serviço de Psiquiatria do Hospital de São João e Crítico de Cinema.
Álvaro Costa
Profissional de comunicação desde 1985, é actualmente
comentador/apresentador da RTP Informação, e produtor de rádio na Antena 1 e
Antena 3 da RDP.
Carlos Tê
Licenciado em Filosofia, letrista de Rui
Veloso, Clã e Jafuméga, colaborações com Jorge Palma, e também cantor. Escreveu
um romance, três contos e três peças de teatro musicais.
Carlos Magno
Jornalista, Analista Politico e Professor do Ensino Superior.
Fernando Gomes
Licenciado em Economia, foi campeão de basquetebol no
FC Porto e presidente da Liga de Clubes de Basquetebol. Foi vice-presidente do
FC Porto e administrador da sua SAD, assume actualmente a presidência da Liga
Portuguesa de Futebol Profissional.
Guilherme Macedo
Médico,
Director de Serviço de Gastrenterologia do Hospital de São João e Professor da
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto."
É ou não é muito bom que alguém se lembre de criar e de promover um evento como esse?
Fiquei com vontade de ir, mas infelizmente nunca vi esses 3 filmes. Eu ouviria ao mesmo tempo opiniões e informações, conhecimento de segunda mão, como se costuma dizer.
Até a data de cada uma das conversas, no entanto, ainda tenho oportunidade de conhecer os filmes e, estando presente nas discussões, apanhar depressa o que disserem... ok.
Caso decida ir, faço questão de comentar no blog.
PS - um documentário sobre o Maradona? Deve ser daquelas situações que calham a nós por sermos muitas vezes do contra... Não admiro o jogador argentino! Mas gosto do que já vi de Kusturica. Assisti a dois filmes dele: "Promessas", de 2007, e "Tempo dos ciganos", de 1988. Difíceis de resumir e de comparar a outras produções.
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